Como aliar a criatividade ao big data no marketing digital

Como aliar a criatividade ao big data no marketing digital

A criatividade já é uma prática diária na vida dos profissionais de marketing digital, possuindo um papel de grande importância para diversas estratégias mercadológicas. Com o avanço tecnológico, o futuro do setor de marketing é justamente tentar equilibrar as novas ferramentas de uso e captação de dados com a criatividade. Mas como fazer isso?

Para as empresas e marcas, pesquisar, compreender e sistematizar os dados é fundamental. Os novos softwares de coleta e análise de dados são mais que apenas ferramentas de suporte, eles influenciam diretamente no desenvolvimento das estratégias de comunicação.

Para alguns especialistas, como John Hegarty, famoso publicitário do Reino Unido, esses dados estão usurpando o lugar da criatividade. “se a indústria da publicidade quiser sobreviver, ela precisará perder sua obsessão por dados e voltar às suas raízes”. John considera os dados uma fonte de informação e conhecimento, mas muitas agências e marcas estão tão obcecadas por utilizá-los em praticamente tudo que acabam criando processos e reprimindo a criatividade.

Porém, para outros profissionais do mercado, os dados não oferecem riscos para o fator criativo e contribuem para melhorar a eficiência das campanhas publicitárias. Uma amostra disso é que até no maior festival internacional de criatividade, o Cannes Lions, os dados ganharam espaço garantido.

Mas afinal, qual a melhor forma de conciliar os dados e as tecnologias como big data, machine learning e inteligência artificial com os desenvolvimentos criativos das campanhas de marketing?

Big Data e criatividade, caminhando lado a lado 

Atualmente quase todas as decisões no marketing digital já são baseadas em dados. Até mesmo mesmo sem perceber, um profissional de marketing usa na sua intuição informações e dados numéricos, extraídos de sua experiência, para tomar decisões.

Portanto, usar a criatividade sem o auxílio de dados, pode muito bem ser considerado um tiro no escuro. Com os avanços tecnológicos na pesquisa de mercado os processos criativos podem se tornar mais específicos, com insights mais ricos sobre nichos antes vistos como altamente complexos.

Sempre importante lembrar que o Big Data e a criatividade precisam ser processos complementares nas tomadas de decisões. Os dados não estão aqui para substituir nossa inteligência, mas refinar nossas ideais. Até porque, os dados podem fornecer conhecimentos, mas não são capazes de criar um vínculo emocional com o consumidor.

Conheça bem o seu público e tome decisões acertadas

Na hora de conciliar dados e criatividades, outro conceito bastante útil é o de inteligência competitiva, que envolve a criação de estratégias de administração e gestão de empresas para antecipar as demandas do mercado e preparar o negócio para eventuais mudanças não planejadas.

A partir dessa metodologia, a empresa deve buscar e integrar dados disponíveis no mercado — tendências, demandas do público, estratégias dos concorrentes, entre outros —, e transformar essas informações em conhecimento estratégico e tomadas de decisão mais acertadas.

O Big Data pode auxiliar esse processo, realizando pesquisas de mercado, localizando clientes potenciais, otimizando o engajamento dos clientes, personalizando ofertas em tempo real, entre muitas outras aplicações.

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Veja alguns exemplos de uso do Big Data no marketing

Um grande exemplo de campanha que trabalha o big data como auxílio ao processo criativo é a “Retratos da Real Beleza”, produzida pela Dove, que se inspirou nos dados que apontavam que apenas 4% das mulheres se consideram bonitas.

A campanha foi composta de retratos falados, criados a partir da descrição de um desconhecido, logo após, outro retrato na percepção da própria pessoa. A comparação mostrava que elas eram mais bonitas do que imaginam. Mais de 50 milhões de pessoas assistiram ao vídeo em 12 dias após o lançamento.

Outro exemplo interessante do uso de dados é a campanha “Keep Walking”, da Johnnie Walker, criada a partir de dados que mostravam que mesmo pessoas bem-sucedidas lutavam para superar as dificuldades. A campanha conseguiu gerar um ótimo engajamento nas mídias sociais, criou um sentimento descontraído em relação à Johnnie Walken e ainda permitiu que os consumidores atuais agissem como seus advogados da marca, propagando as boas experiências geradas e atraindo novo clientes.

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