Empatia a favor da comunicação
Colocar-se no lugar do outro. Em linhas gerais, é disso que se trata a tal da empatia. Apenas quando somos capazes de nos imaginarmos na situação de outras pessoas é que compreendemos ou temos uma vaga ideia de como a pessoa se sente, tornando o universo particular alheio em algo mais próximo e, consequentemente, mais real para nós.
Não, este não é um texto de autoajuda ou daqueles que pretendem inspirar sentimentos bons nos seres humanos. Este é um texto técnico sobre comunicação, por mais estranho que isso possa soar, tendo em vista que iniciei a nossa conversa falando sobre empatia.
No entanto, o que eu quero dizer é: empresas empáticas se comunicam melhor e, quem se comunica melhor com os seus públicos, com certeza tem mais resultados, principalmente quando os assuntos giram em torno de redes sociais e marketing digital. Apenas quando você compreender realmente como o seu cliente se sente, quais são as expectativas dele, quais mensagens ele gostaria de ouvir e quais não gostaria, é que a sua marca conseguirá estabelecer uma conversa real com ele.
Por exemplo, às vezes algumas empresas realizam promoções cujos prêmios não são relevantes, e normalmente essas empresas se perguntam: “nossa, por que as pessoas não participaram?”. Eu respondo: elas não participaram porque ninguém no mundo quer ganhar aquele imã de geladeira que a sua marca chamou de prêmio. Coloque-se no lugar do seu cliente e se pergunte: “hum, eu gostaria de ganhar um imã de uma empresa em uma promoção feita on-line?”. Acredito que sabemos qual é a resposta para essa pergunta, não é mesmo?
E nem só de prêmios viverá o homem, é praticamente bíblico (?). O relacionamento que a sua marca precisa estabelecer com os clientes via rede social também é algo que necessita de empatia, aliás, de muita. O conteúdo produzido em sua página é realmente de interesse do seu público? Faça um exercício mental e reflita: “se eu não fosse o dono da empresa, eu gostaria de seguir a página dela? Eu acharia interessante?”. Se a resposta for não, sério, nos procure, porque está na hora de mudar.
Normalmente as empresas tendem a produzir um conteúdo se baseando no que os proprietários têm interesse, o que é muito errado, porque a sua base de fãs não é feita de milhares de pessoas que possuem as mesmas perspectivas de mundo dos donos da marca, muito pelo contrário. Então, em vez da sua empresa dizer “não gostei desse conteúdo”, ela deve se questionar: “esse conteúdo conversa com os fãs da minha empresa no Facebook?”. Sim, trata-se de um exercício de empatia.
Em resumo, para entender melhor o comportamento do seu público, os anseios dele, a linguagem e todas as outras variáveis que o constituem, seja uma empresa empática. Não caia no erro de produzir conteúdo para você. Produza para eles.
Por Igor Francisco
Redator-chefe