O que o Facebook tem feito para evitar fake news

Quem tem acompanhado qualquer tipo de notícia nas últimas semanas deve ter percebido que o Facebook se encontra em tempos difíceis, sem contar que seus usuários estão bastante furiosos.

O caso da Cambridge Analytica, que nós já falamos sobre aqui no blog, colocou em cheque a confiabilidade da rede social em relação à proteção dos dados dos usuários.

Nessa conversa sobre compartilhamento de informações e confiabilidade, um tema que nunca passa batido são as fake news. A disseminação de notícias falsas com intuito de difamar pessoas e promover outras tem chamado a atenção diversas pessoas, redes e empresas.

O Facebook sabe disso, como nós falamos em um outro texto sobre as fake news. Existe uma verdadeira indústria de disseminação de notícias falsas que fica cada vez mais forte atualmente. As empresas que são verdadeiros núcleos de disseminação de informação, como as redes sociais, têm se preparado para lidar com o problema.

Mark Zuckerberg compareceu ao Senado dos Estados Unidos para prestar depoimento sobre o caso Cambridge Analytica. Imagem: Washington Examiner.

Facebook e fake news

A rede social de Mark Zuckerberg ganhou novas manchetes nos últimos dias por sua iniciativa recente de combater as fake news durante as eleições presidenciais. Mais do que necessário, já que existem diversos casos em que vemos a disseminação de notícias falsas para promover candidatos e difamar outros – inclusive no Brasil.

Na Índia, o Facebook anunciou uma parceria com uma agência de verificação de fatos chamada Boom, localizada em Mumbai. O intuito é verificar informações falsas sobre as eleições que acontecem no estado de Karnataka nas próximas semanas.

Caso sejam verificadas notícias falsas pela rede, os posts são empurrados para baixo no feed, recebendo menos visibilidade. O mesmo acontece com as páginas que divulgarem estas informações.

Mas não é recente esta iniciativa. No começo do ano, Mark Zuckerberg colocou o combate às fake news e ao discurso de ódio em suas “resoluções de ano novo”. Atualmente, as investidas têm sido feitas por meio de parcerias com agências locais, que verificaram as notícias e repassam para as redes a sua veracidade.

Algumas coisas já têm sido feitas também no Brasil. Um exemplo vem da agência Aos Fatos, que trabalha com o Facebook na criação de um bot de verificação de fake news, chamado de Fátima. O bot será como um assistente virtual, que funcionará pelo Messenger, e ajudará o usuário a verificar informações que encontra na rede.

Outra iniciativa é a Vaza, Falsiane (nome mais brasileiro impossível, não é?), que terá a forma de um minicurso online que ensina pessoas a verificarem sozinhas a vericidade das notícias que encontram.

“Fátima” funcionará como um chatbot, dentro do chat do Facebook. Imagem: Divulgação.

Falando sobre iniciativas em outros países, o Facebook também tem tomado algumas precauções. Nas eleições presidenciais da França no ano passado, por exemplo, a empresa falou que faria parcerias com jornais locais com intuito de verificar notícias falsas.

A rede realizou a mesma abordagem em relação às eleições na Alemanha, em 2017, onde também diz ter realizado uma verificação de fatos mais minuciosa por meio de parcerias locais.

No entanto, a criação de softwares, bots e outras abordagens ainda é relativamente recente. Como o próprio Zuckerberg apontou, é importante que a empresa tome como uma prioridade a verificação de notícias falsas, dada a abrangência e influência que a rede social possui a nível mundial.

Dicas do Facebook para verificar Fake News

O México está prestes a enfrentar uma eleição presidencial que, certamente, também movimentará o Facebook. Sabendo disso, a empresa novamente procurou alertar seus usuários sobre as fake news.

Dessa vez, a iniciativa pareceu mais incisiva e interessante: em uma série de jornais importantes do país, a empresa pagou anúncios educativos que dão dicas para que os próprios usuários possam verificar a veracidade das notícias.

Entre outras dicas, o Facebook alerta no anúncio: “Não confiar apenas na manchete”, “Checar a fonte”, “Desconfiar e verificar as URLs dos sites”. Basicamente, são dicas para criar um usuário desconfiado, que caia na velha frase de “Se está na Internet, é verdade.”

Já falando sobre nós, criadores de conteúdo, administradores de rede e, acima de tudo, usuários de internet, nosso papel abrange basicamente cuidar o máximo possível das notícias que ajudamos a promover.

A Projetual vai ficar de olho em todas as informações e notícias sobre como as redes sociais estão lidando com estas questões. Continue acompanhando todas as atualizações em nossos canais, no Facebook, Youtube e Instagram. Até a próxima!

Por redação Projetual, com informações de B9.