Precisamos conversar sobre relevância

Precisamos conversar sobre relevância

Minha mãe é uma pessoa incrível, mesmo! Todos os meus amigos que a conhecem falam sobre a espontaneidade dela e sobre várias outras características da dona Ana que os encantam – e eu concordo com eles.

No entanto, tem uma coisa específica que ela faz que, às vezes, eu realmente não entendo: sempre que nos encontramos ela me conta sobre algum desastre natural que apareceu na TV ou sobre o falecimento de algum conhecido de um um conhecido dela.

Eu não assisto TV há tempos, então sempre estou desconectado destas pautas desastrosas que aparecem nos programas policiais que tanto odiamos, por exemplo. Por isso, volta e meia olho para ela e pergunto: mãe, qual é a relevância desta notícia para a nossa conversa? E ela, volta e meia também, me responde: pois é, não sei.

Acredite, a sua marca também precisa se fazer esta pergunta, mas quando o assunto é o conteúdo que tem sido produzido para alimentar os canais da empresa. Sinceramente, pare um pouquinho e faça esta autocrítica: o que você tem veiculado é relevante para o seu público? Mas, antes de responder, lembre-se que o seu público não pensa como você! Não caia no erro de produzir conteúdo tendo como ponto de partida aquilo que você acha que seria o correto para a sua marca.

Quem trabalha com conteúdo web vê por aí diariamente zilhões de postagens que não têm sentido de existir. Postagens que não atraem ninguém, que não são pautas relevantes, que são completamente desconectadas do objetivo da empresa, que irritam os usuários e, infelizmente, as tornam spam. E spam no Facebook, por exemplo, pode se tornar um possível cliente que deixou de curtir a sua página porque ela não era relevante.

Produzir conteúdo, diferentemente do que a maioria das pessoas pensam por aí, não é uma tarefa simples. Exige muita pesquisa, coerência, bom senso, autocrítica e, mais do que tudo, empatia! Inclusive, já conversamos sobre isso aqui no blog.

Sempre que eu estou em reunião com clientes, costumo fazer algumas perguntas do tipo: você interagiria com uma empresa que postasse este conteúdo no FB? Você compartilharia as imagens desta page que sempre coloca logo em tudo o que publica? E, não é sempre, mas quase sempre, que eu vejo nos olhos deles aquela atmosfera que revela: nossa, eu estava pensando em produzir conteúdos que nem eu mesmo compartilharia se a empresa não fosse minha. E é exatamente este exercício de autocrítica sobre relevância que as marcas deixam de fazer.

Como já afirmei, se tornar relevante a partir de um conteúdo qualificado não é uma tarefa simples e que pode ser deixada nas mãos de colaboradores que não possuem intimidade com a linguagem web, com os formatos de conteúdo em voga nas diferentes plataformas e, principalmente, com a experiência que o usuário quer ter quando tem contato com alguma marca no ambiente digital.

Por isso, antes de sequer pensar em produzir conteúdo, converse com quem tem know-how nisso. Não se esqueça que, segundo após segundo, milhões de conteúdos são disponibilizados na internet por diferentes marcas, ou seja, a corrida pela atenção dos consumidores está cada vez mais acirrada. Não fique para trás. Converse conosco.

Por Igor Francisco

Redator-chefe

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