Acusado de violação de dados, Facebook altera seus termos e política
Se você acompanhou os stories do Instagram da Projetual (@projetualcomunicacao), ou, na verdade, qualquer portal de notícias mundiais, você deve ter percebido que o Facebook está com um problemão nas mãos atualmente, sendo acusado de violação de dados de seus usuários.
O que chamou atenção nos últimos dias foram revelações envolvendo a Cambridge Analytica, uma empresa de comunicação de campanhas eleitorais que, aparentemente, violou a privacidade de usuários do Facebook através de um esquema de venda e coleta de dados pessoais.
Entendendo o que aconteceu
Tudo começou quando Christopher Wylie, ex-funcionário da Cambridge Analytica, revelou que a empresa sequestrou dados de aproximadamente 50 milhões de americanos para influenciar nas eleições de 2016 nos Estados Unidos.
A Cambridge desenvolveu uma espécie de questionário do qual os usuários participavam logando no Facebook, mesma forma que fazem para realizar um teste de perfil ou brincadeira.
No entanto, enquanto apenas parecia que o perfil do usuário seria checado superficialmente, o que a empresa estava realmente fazendo era acessar indevidamente informações privadas dos usuários, como o histórico de curtidas e informações pessoais da rede de amigos.
Com as informações obtidas, a empresa depois elaborava posts segmentados na rede, que atingiriam os usuários específicos de acordo com o perfil analisado, utilizando inclusive a estratégia de fake news. O intuito final era moldar a opinião do público atingido para que fosse favorável à eleição do então candidato Donald Trump.
Depois da revelação do ex-funcionário da Cambridge Analytica, que envolveu nomes de agentes específicos e informações bem detalhadas sobre os procedimentos, as ações do Facebook chegaram a cair 8,1%, justamente pelas alegações de que a empresa compactuava com o caso.
O Facebook alega que a violação de dados, que já foi comprovada, existiu por parte do desenvolvedor de aplicativo que permitiu o roubo de informações e não foi uma prática consciente da empresa.
Brasileiros sofreram violação de dados
Como se toda a história já não fosse ruim o suficiente, o Facebook afirmou posteriormente que o número de usuários que sofreram violação de dados foi ainda maior: cerca de 87 milhões. Destes, cerca de 440 mil são brasileiros.
A informação veio do próprio Facebook. Depois dos Estados Unidos, os países com maior número de atingidos foram respectivamente Filipinas, Indonésia, Reino Unido, México, Canadá, índia, Brasil, Vietnã e Austrália.
O número de usuários de cada país que sofreu com violação de dados você pode conferir no gráfico abaixo.
Mudanças nos termos e políticas
Depois de todo o ocorrido, o Facebook anunciou mudanças em seus Termos e Políticas de Dados, principalmente no que se refere à linguagem utilizada para se comunicar com o usuário
Acima de tudo, a empresa tentou deixar mais claro para os usuários quais direitos ela possui sobre os dados que tem acesso normalmente, tentando espantar qualquer dúvida sobre práticas de violação de dados.
“Não estamos pedindo novos direitos para coletar, usar ou compartilhar seus dados no Facebook. Também não estamos mudando nenhuma das opções de privacidade que as pessoas possam ter feito”, afirma.
A empresa diz estar atualizando a forma com que comunica sua política não apenas no Facebook mas também no Instagram e Messenger.
A atualização expõe mais detalhes sobre os recursos do Facebook, a experiência personalizada de cada usuário, a publicidade veiculada, o combate a abusos e injustiças, entre outros. Para conferir as mudanças, é só acessar o site da empresa.
Nos últimos dias, a Projetual tem acompanhado de perto a repercussão que esse caso teve sobre o Facebook e o mundo do marketing digital. Se você quer continuar se mantendo bem informado, pode confiar que continuaremos te atualizando de tudo que há de importante. Até a próxima!
Por redação Projetual, com informações de B9.