Consumidores classificam como ruim a qualidade do e-commerce brasileiro

Consumidores classificam como ruim a qualidade do e-commerce brasileiro

Com base no E-commerce Quality Index (EQI), uma pesquisa realizada pela Lett – Startup de tecnologia, a nota de qualidade dos e-commerces no Brasil é 40, em uma escala de 0 a 100, sendo que o mínimo aceitável é 60. Esse resultado demonstra que apesar do crescimento do mercado eletrônico brasileiro, as expectativas dos shoppers não estão sendo atendidas, ou seja, a prestação de serviço nos sites ainda está ruim.

O EQI é um indicador que avalia a qualidade do e-commerce sob a perspectiva do consumidor final, com o objetivo de servir de benchmarking, para que varejistas e marcas tracem estratégias inteligentes com foco em melhorar a apresentação dos itens e otimizar o cadastro de produtos no meio digital.

Para se chegar aos resultados do estudo, foi utilizada uma inteligência artificial e machine learning, sendo analisados 78 sites brasileiros, que correspondem a mais de 70% do faturamento do mercado no país. Em 2019 ainda foram analisados 40 e-commerces nos Estados Unidos e na América Latina sendo sites do Chile, México, Argentina, Peru e Colômbia. Totalizando mais de 5 milhões de páginas de produtos.

Veja também: Fator mais importante na decisão de compra para brasileiros é o preço.

O que a pesquisa aponta sobre o e-commerce brasileiro

O estudo é baseado nas informações necessárias e indispensáveis para o consumidor realizar uma compra online com segurança e não ter dúvidas. Para compreender a fundo quais dados são fundamentais na hora da compra, foi realizada uma pesquisa por meio da Opinion Box, parceira do EQI, com mais de 2 mil consumidores no Brasil. Veja os principais insights dessa pesquisa:

  • 55% dos entrevistados consideram a experiência de compra online no Brasil como boa e apenas 25% delas considera ótima.
  • 53% dos entrevistados afirmaram que quando as informações não estão claras em um site, eles vão para outro.
  • Quase metade dos entrevistados não compram em um site que não apresenta imagem do produto.
  • Mais de 40% das pessoas já desistiram de comprar online após ver comentários negativos sobre o produto.

Além disso, o EQI avaliou 5 critérios presentes nas páginas de produto, dispostos a seguir de acordo com o grau de importância para o consumidor:

  1. RATING SCORE: Nota média do produto avaliada pelos consumidores;
  2. DESCRIPTION SCORE: Número de palavras encontradas no campo de descrição do produto;
  3. REVIEW SCORE: Número de comentários sobre o produto na página;
  4. IMAGE SCORE: Número de imagens presentes na página;
  5. SEARCH SCORE: Nota média baseada no número de caracteres no título e se o produto está cadastrado em alguma categoria no site.

Veja também: Como melhorar o relacionamento com seus clientes no e-commerce.

O que se pode concluir com esses gráficos?

O EQI 2019 apontou que a nota de qualidade do e-commerce brasileiro é 40 em uma escala de 0 a 100

No entanto, apesar da nota parecer ruim, em relação aos outros países analisados pela pesquisa, o Brasil não está tão mal. Dentre os 7 países avaliados, o Brasil está em segundo lugar, 25% abaixo dos Estados Unidos, mas com uma nota 26,5% superior aos outros países da América latina, que ficaram com uma média no EQI de 31,7.

No Brasil, dos 78 e-commerces avaliados pelo EQI Brasil, 96% não oferecem uma boa experiência de compra online. Portanto, apenas 4% dos sites realmente se preocupam em fornecer todas as informações necessárias ao usuário. Numa visão geral, a qualidade do e-commerce brasileiro atingiu 40 pontos, número considerado ruim para a experiência de compra do consumidor.

O grande problema da baixa qualidade do e-commerce brasileiro está atribuído, respectivamente:

  • às avaliações (rating);
  • aos comentários (reviews);
  • à descrição dos produtos nas páginas dos sites.

Isso mostra que os e-commerces têm muita dificuldade de estimular a avaliação e os comentários sobre os produtos, fatores indispensáveis para a realização de novas compras. Além disso, os sites deixam a desejar nas descrições dos produtos. Ou seja, não oferecem o mínimo de informação necessária sobre os itens vendidos.

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