Fim dos likes no Instagram: quais os impactos na rede social?
Nesta quarta-feira (17), muitos usuários brasileiros do Instagram foram pegos de surpresa. Naquela rotina habitual de checar seu feed do Instagram, perceberam que algo estava faltando: o número de likes nas fotos. Afinal, o que aconteceu?
Não foi um erro, mas de acordo com o Instagram também pode não ser definitivo. Após alguns anúncios e testes em outros países, a empresa optou por ocultar as curtidas de todas as publicações feitas na rede. Segundo eles, dessa forma a produção de conteúdo de qualidade poderia ser mais estimulada, mesmo que em detrimento da quantidade de engajamento.
Mas e ai? Quais são os possíveis impactos do fim dos likes no Instagram para seus usuários, sejam as contas de uso pessoal ou marcas e empresas? Confira agora essa entrevista realizada pelo CanalTech com Lucas Patrício, CEO da GMD, agência de marketing digital especialista em conteúdo e estratégia para marcas, e descubra:
Para os usuários
A primeira parcela de pessoas analisadas são os usuários comuns do Instagram. Para Lucas, o fim dos likes pode permitir a volta da atenção para o “conteúdo e não somente para validações subjetivas criadas por meio das interações”. Ele destaca ainda: “Quando o comportamento para criação de conteúdo leva em consideração somente essa aprovação, o tipo de conteúdo tende a seguir uma pequena variedade de fórmulas, resultando em postagens parecidas entre si ou sem inspiração”.
Um outro lado positivo dos likes ocultos, apresentado pelo CEO, é a oportunidade para que todos possam se destacar, independente da massa de seguidores: “Uma vez que o conteúdo tende a ser o mais importante novamente, mesmo com poucos seguidores, o usuário pode fazer um conteúdo criativo que poderá ser percebido como tal na “linha do tempo”, não sendo filtrado e julgado imediatamente por quantas curtidas ele teve”.
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Influenciadores
Muitos influenciadores viram essa mudança de maneira negativa, mas para Lucas, o impacto será concentrado apenas no comportamento dos próprios seguidores. “Um influenciador de Instagram vive de criar conteúdos que se conectam de forma única com seus seguidores. A validação por meio de curtidas é apenas uma das formas de medir o engajamento. O ‘curtir’, inclusive, continua a existir e pode ser medido pelos influenciadores normalmente. Apenas a exibição pública é que deixa de existir. Logo, a tendência é que as pessoas deem “curtir” para conteúdos que realmente as inspirem e não somente como reforço positivo ao ver a quantidade de likes na tela”, afirma ele.
O CEO enfatiza na importância de focar em conteúdos de qualidade, que façam sentido para o público alvo e que apresentem versatilidade. “As métricas seguem sempre interesses comerciais e de usabilidade geral, portanto mudanças acontecem o tempo inteiro. Um criador de conteúdo precisa se aproveitar da visibilidade para se tornar relevante também fora desses círculos”.
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Por fim, como fica o marketing?
Com certeza uma das maiores consequências da extinção da quantidade de likes da rede social será experimentada pelas marcas e empresas, que vêem no Instagram um local de investimento. Lucas explica: “As marcas terão mais dificuldade em identificar o potencial dos influenciadores, já que será preciso ter acesso aos dados particulares de engajamento. Isso pode ter um efeito perigoso do foco voltar a ser no número de seguidores — uma métrica que por muitas vezes é vazia e facilmente manipulável por meio de práticas que não seguem as diretrizes das ferramentas”.
Porém, mesmo com as dificuldades apresentadas, o CEO não acredita que os times de marketing tenham que abandonar o Instagram para buscar alcance de público em outros canais: “Será preciso que os profissionais envolvidos tenham ainda mais claros seus objetivos de campanha para saber o que buscar, além de acompanhar e medir as ativações mais de perto”, afirma.
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Com informações de CanalTech.